Não acredite em tudo que você ouve, há muitos mitos sobre ciclismo feminino. Mas a verdade é que mulheres podem e devem pedalar tanto quanto homens.
Como acontece em muitos outros esportes, o universo do ciclismo ainda é um ambiente majoritariamente masculino. No entanto, cada vez mais as mulheres estão mostrando que o ciclismo feminino só cresce, tanto no âmbito amador quanto no profissional.
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A participação feminina em várias modalidades de ciclismo aumenta a cada ano. Seja no ciclismo de estrada, no MTB, nos deslocamentos urbanos ou até mesmo nos pedais de lazer, há cada vez mais mulheres andando de bicicleta.
Você já deve ter ouvido que “só homem pedala na estrada” ou que “mulher não deve pedalar menstruada”, mas nem estes nem outros mitos sobre o ciclismo feminino são reais.
Confira abaixo outros mitos sobre o ciclismo feminino.
MITOS SOBRE O CICLISMO FEMININO
1. PEDALAR DEIXA AS COXAS GROSSAS
Falso. O ciclismo é um esporte majoritariamente aeróbico, onde as características principais são resistência e potência, além de estratégia. Outras modalidades, como corrida, vôlei, caminhada ou até dança, trazem muito mais chances de “engrossar” as pernas da praticante – e também não há nenhum problema nisso.
Os níveis baixos de testosterona encontrados nas mulheres impedem que elas ganhem tanta massa quanto os homens praticantes do esporte. Uma ciclista com pernas muito grossas provavelmente inclui também um treino de força na agenda.
2. SÓ TEM HOMEM PEDALANDO
Esse é parcialmente verdade, já que a predominância no esporte ainda é masculina. Mas há cada vez mais grupos e provas voltadas especificamente para mulheres.
A tendência é que haja cada vez mais mulheres treinando, competindo e pedalando na cidade, nas estradas e nas trilhas com suas bikes. Não se acanhe.
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3. MULHERES GRÁVIDAS NÃO DEVEM PEDALAR
Falso. Na verdade, pedalar é até preferível para as gestantes do que esportes de alto impacto como a corrida.
Se você já era uma ciclista regular antes da gravidez, pedais em vias seguras ou treinos em bikes estacionárias vão ajudar a manter o sistema cardiorrespiratório ativo, o que contribui para mãe e bebê.
Sempre consulte seu médico antes de começar um programa de treinos. Se você não pedalava antes da gravidez, ele provavelmente recomendará esperar passar o período pós-parto para começar.
4. PEDALAR NÃO QUEIMA GORDURA
Falso. Assim como qualquer atividade aeróbica, como caminhar, correr ou nadar, pedalar queima calorias. E queimar calorias reflete em queimar gorduras.
Se o seu treino não está queimando gorduras, é preciso ajustar duração, intensidade e frequência para atingir o objetivo. Seu treinador saberá ajustar estas variáveis de forma eficiente.
5. O CICLISMO FEMININO PRECISA DE BICICLETAS E EQUIPAMENTOS ESPECÍFICOS
Falso. Por um lado, é ótimo que as marcas de bike ofereçam bicicletas, roupas e acessórios feitos somente para mulheres (ainda que majoritariamente rosas e roxas… *suspiro*). Mas se você se limitar a estes produtos na hora da compra, pode deixar passar opções que te serviriam melhor.
Independentemente se uma bicicleta ou acessório é “feito para mulheres” ou não, o que importa é que seja o mais adequado para você.
Em relação ao selim, a maioria das mulheres vai preferir um modelo pensado para elas, já que a anatomia é diferente – mas não todas.
Resumindo: se é do seu tamanho, atende suas necessidades, custa um preço que você pode pagar e te agrada, vá em frente. Independentemente do “gênero” do produto.
6. PEDALAR MENSTRUADA TE DEIXA MAIS LENTA
Não necessariamente. As mudanças hormonais pelas quais as mulheres passam durante o ciclo menstrual podem, sim, afetar a performance, mas isso não é sempre ruim.
Níveis altos de progesterona e estrógeno deixam a fisionomia feminina mais parecida com a masculina durante a menstruação e os dias que a sucedem – deixando muitas mulheres mais fortes.
FONTES: Blog Map My Run, Daccordi Blog, Bicycling Magazine.